O temor de ficar sem combustível provocou a ida de muitos
motoristas aos postos na noite de segunda-feira (24) na cidade de Arapongas, na
região de Londrina, onde o protesto de caminhoneiros bloqueia a passagem de
cargas pela praça de pedágio na BR-369 desde a manhã do último domingo (22).
Além das longas filas para encher o tanque, os motoristas
ainda tiveram que pagar mais caro na gasolina e no etanol, que subiram pelo
menos R$ 0,20 o litro em 24 horas. Na manhã desta terça-feira (24), alguns
postos estavam sem combustíveis para atender os clientes em Arapongas.
Em Sertanópolis, o bloqueio de caminhões na rodovia PR-090
impede a chegada do combustível na cidade e a maioria dos postos também
enfrenta o desabastecimento de gasolina e etanol.
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Os postos da cidade de Apucarana, no Norte do Estado, também
enfrentam a escassez de combustíveis devido aos bloqueios nas estradas. Além da
manifestação na BR-369, protestos na BR-376 impede a chegada das cargas em
Apucarana.
Segundo o diretor regional do Sindicombustíveis em Londrina,
Cláudio Mônaco, as cidades vizinhas devem ser as primeiras afetadas na região
já que a gasolina e o diesel são distribuídos
pelas rodovias após a chegada no pool de combustíveis em
Londrina pela ferrovia. "A situação é ainda mais complicada para postos
não bandeirados que recebem combustíveis de Araucária", acrescentou.
Por causa do pool de combustível na cidade, ele avalia que
Londrina não deve sofrer o impacto imediato dos bloqueios das rodovias, mas
alertou que o abastecimento de etanol e álcool anidro, utilizado na mistura da
gasolina comum, dependem dos caminhões.