Sobre as últimas informações que causaram e causam frisson
no Centro Cívico e foram trazidas por este blog com o título “bomba no coração
do Palácio” quero esclarecer que:
1- O caso já foi devidamente encaminhando às autoridades
competentes, inclusive ao GAECO, onde estive ontem. A medida foi tomada pela
gravidade da denúncia e para que haja uma investigação profissional. Também por
causa de pressões recebidas de todos os lados. O orgão que combate o crime
organizado é o mais indicado para investigar o caso.
2- A decisão foi tomada também por causa de intimidações e ameaças.
Telefonemas, bilhetes, torpedos e recados marotos tentam criar a política do
pânico. Ao que tudo indica há também “papagaios de fora” forjando situações
para envolver terceiros nas ameaças.
3- Pedi a quebra do meu sigilo telefônico, em especial dos
últimos dez dias, ou do período que os investigadores assim entenderem melhor.
Assim ficará simples ver de onde vieram as principais ligações, inclusive de
que gabinetes seja do executivo ou legislativo e descobrir de onde partiram de
fato alguns telefonemas e SMS, inclusive os que vieram escondidos sobre a
condição de “número restrito”. Com a quebra do meu sigilo telefônico
automaticamente haverá respaldo para pedido de quebra também do sigilo de
terceiros que apareçam como suspeitos nas intimidações. A medida é de suma
importância no momento, até para que haja tranquilidade para o exercício da
atividade profissional de jornalista.
4- Coloco à disposição meu sigilo bancário, dos últimos 8
anos, período que estou na capital e já deixo à disposição por quanto tempo os
órgãos de investigação acharem necessário. Não vou permitir insinuações de que
eu poderia “acertar” com quem quer que seja. Só gente com pouca massa
encefálica ou muita má fé tentaria levantar esse balão de ensaio. Basta lembrar
o que aconteceu quando importante representante da Assembleia mandou recado
para “acertar” a situação em um caso envolvendo denúncia que fiz há mais de um
ano quando eu ainda comandava uma rádio de notícias na capital. Fui para o ar,
disse que daria nome e sobrenome do deputado que mandou recado da propina e
encaminhei o caso ao MP. A pressão subiu, a dele e a interna no antigo veículo.
Eu mudei de casa, mas mantive a decência.
5- Quanto a gravação esclareço que ela foi feita por
terceiro e não por mim. O sigilo da fonte permanece preservado, o que é um
direito constitucional. Creio que uma perícia feita no áudio, se aceito como
prova pela justiça, poderá facilmente identificar os envolvidos no bate-papo.
6- Quanto a construtora em questão esclareço que, segundo a
denúncia, ela é origem baiana, atua no Brasil inteiro e como boa parte desse
nicho tem problemas com as justiças estadual e federal.
Reitero para tranquilizar os amigos que já que busquei todos
os meios de segurança e o conforto legal que a situação exige.
Obrigada pelas ligações e emails de apoio.
Fonte: Fabio Campana
Fonte: Fabio Campana