Segundo artigo publicado no site Inc.com por Steve
Mendelsohn, diretor da plataforma de informações tributárias Checkpoint da
Thomson Reuters, atletas de elite "que valem milhões" como Phelps
estão na faixa tributária superior, de 39,5%.
Como cada atleta olímpico dos Estados Unidos recebe um
prêmio de US$ 25 mil (R$ 80 mil) por medalha de ouro, US$ 15 mil (R$ 48 mil)
por prata e US$ 10 mil (R$ 32 mil) por bronze, Phelps (que ganhou cinco ouros e
uma prata) precisará desembolsar cerca de R$ 54,9 mil para pagar impostos.
O montante pago por atletas americanos varia de acordo com
sua faixa tributária. Os que ganham menos e estão na faixa mais baixa, de 10%,
pagam US$ 2.500 (R$ 8.000) por um ouro, US$ 1.500 (R$ 4.800) por uma prata e
US$ 1.000 (R$ 3.200) por uma medalha de bronze.
"Trata-se de um problema com o qual vários já se
ofenderam e que tem sido o tema de diversas tentativas legislativas de alterar
o código tributário a fim de evitar tais situações, mas que foram infrutíferas
até o momento", afirma Mendelsohn.
Uma dessas tentativas fracassadas foi apresentada em março
deste ano pelos senadores John Thune, republicano, e Charles Schumer,
democrata. A proposta buscava isentar atletas olímpicos e paraolímpicos de
pagar tributos sobre premiações recebidas por chegar ao pódio.
"Deveríamos dar boas vindas calorosas e parabéns -não
um imposto- para nossos campeões olímpicos e paraolímpicos quando eles voltam
aos Estados Unidos", afirmou Thune à época. "O mínimo que podemos
fazer para retribuir o compromisso e patriotismo desses atletas é permitir que
eles fiquem com o que conquistaram durante os Jogos Olímpicos."
Algumas pessoas criticam o projeto de lei. No artigo,
Mendelsohn cita uma conversa com Sean Packard, diretor tributário da Octagon
Financial Services, consultoria financeira voltada para atletas profissionais.
"É imposto sobre renda. Não há nada complicado sobre
ele. Acredito que alguém já falou sobre isso, mas acho que todos têm medo de
emitir comentários contrários e parecerem antipatrióticos", afirmou
Packard.
Para Mendelsohn, "a lógica é ainda mais razoável quando
você considera os potenciais ganhos de um atleta que leva uma medalha".
Ele diz que "atletas, particularmente os medalhistas de
ouro, poderão fazer marketing pessoal com base em suas vitórias e muitos deles
conseguem assinar contratos de 6 a 7 dígitos no processo", o que, para
muitos deles, tornaria a preocupação com impostos sobre ganhos algo um pouco
menos relevante.
Com informações da Folhapress.
Com informações da Folhapress.