A denúncia, relativa a cartazes e calendários impressos pelo
gabinete há dez anos, partiu do também parlamentar Stephanes Jr (PSB), para
quem a prática contraria o regimento interno da Casa, e desencadeou uma ação
popular, impetrada em 2011.
A expectativa era de que a sentença fosse publicada ontem.
"Para você ver o falso moralismo. Foi condenado na Justiça já em segunda
instância por desvio de dinheiro", disse o pessebista.
Veneri contou que irá recorrer da decisão, por entender que
todos os valores estavam corretos.
Na época, a cota mensal dos membros da Casa para gasto com
materiais de escritório, passagens, telefone e outros insumos era de R$ 27,5
mil. Entretanto, o petista acumulou um crédito de R$ 275 mil, para usar no
final do mandato.
"Tivemos a aprovação aqui, no plenário, e no Tribunal
de Contas (TC). A mesma pessoa entrou cinco vezes com o processo; em todas o
Ministério Público nos deu ganho de causa. O juiz de primeiro grau pediu o
arquivamento, o Nurce (Núcleo de Repreensão a Crimes Econômicos), quando fez a
investigação, também pediu para que fosse arquivado", afirmou.
"É bom que se fique claro que não há nenhum dolo, não
há má-fé, não há nenhuma irregularidade do ponto de vista das notas
apresentadas. Mas é um julgamento, uma sentença, cabe recurso e vamos usar esse
procedimento", completou.