segunda-feira, 6 de junho de 2016

OPERAÇÃO PUBLICANO V - Gaeco de Londrina propõe denúncia criminal contra 52 pessoas

O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Londrina, na região Norte Central paranaense, ajuizou nesta segunda-feira, 6 de junho, denúncia criminal contra 52 pessoas por envolvimento em crimes ligados à Operação Publicano, que apura fraudes na Receita Estadual.
A denúncia aponta a prática dos crimes de organização criminosa, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva tributária, extorsão, corrupção de menores, falsidade de documentos e lavagem de ativos – são 42 crimes no total.
Estão entre os denunciados pelo MP-PR oito auditores, um policial civil, dez empresários, um contador, três advogados, três detentos e 25 pessoas que agiam como “laranjas”, cedendo o nome para figurar em empresas como sócios ou abrindo contas bancárias para lavagem de dinheiro.
Quatro dos processados pelo Gaeco na denúncia se encontram presos, preventivamente.
Outras estruturas
A Operação Publicano foi deflagrada pelo Gaeco de Londrina em abril de 2015. As últimas investigações levaram à identificação de três estruturas criadas dentro do esquema de corrupção descoberto na Receita e culminaram na denúncia apresentada nesta segunda-feira.
A primeira reunia empresários e particulares, unidos com a finalidade de utilizar empresas registradas em nome de laranjas para o cometimento de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva tributária, lavagem de ativos, sonegação fiscal, através da emissão de notas fiscais frias e a geração fraudulenta de créditos de ICMS e falsidades documentais.
A segunda, reunia um grupo de auditores fiscais (inclusive um afastado das funções), que desde 2012 se associou para o cometimento de crimes de corrupção ativa e corrupção passiva tributária e lavagem de ativos, recebendo valores a título de propina dos empresários integrantes da organização criminosa mencionada.
Verificou-se ainda a constituição de uma terceira estrutura, formada por auditores, advogados, empresários e particulares, que passaram a praticar crimes após a deflagração da Operação Publicano I e a prisão de um dos auditores.
Esse grupo passou a extorquir os empresários, para que pagassem valores a pretexto de não noticiarem os ilícitos praticados, promovendo ainda a lavagem de ativos.
O Gaeco destaca que alguns dos crimes foram cometidos após a celebração e a homologação dos acordos de colaboração premiada. Em razão disso – cláusula expressa –, o Juízo da 3ª Vara Criminal, a partir de solicitação do MP-PR, rescindiu os acordos.
Informações para a imprensa com:
Assessoria de Comunicação
Ministério Público do Paraná