Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal na
capital paranaense. Até 9h57 a Polícia Federal não havia informado o motivo da
prisão.
Nome citado na Lava Jato
O nome de Newton Ishii foi citado na gravação que levou à
prisão o senador Delcídio Amaral, em Brasília. No áudio, o senador fazia
tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson
Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, buscando
um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na carceragem da PF em
Curitiba.
O agente é citado durante a conversa quando o grupo discute
quem estaria vazando informações para revistas. Delcídio chega a chamar um
policial que seria ele de "japonês bonzinho", sendo tratado como o
responsável pela carceragem da PF em Curitiba, para onde são levados os presos
da Lava Jato.
A Polícia Federal disse, na ocasião, que iria apurar se o
nome citado na conversa era o do agente.
Réu na Operação Sucuri
O agente é réu em uma ação que surgiu a partir da Operação
Sucuri. As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de
contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no oeste
do Paraná. O caso tramita sob segredo de Justiça.
Fama
Com a deflagração da Operação Lava Jato, o agente passou a
ser conhecido em todo o Brasil. A cada fase da operação nestes mais de dois
anos, Newton Ishii aparecia ao lado empreiteiros, operadores financeiros,
políticos e funcionários públicos que eram presos.
A fama se expandiu pelo Brasil se tornando, inclusive, tema
de marchinha da carnaval.
Em fevereiro deste ano, o agente foi à Câmara dos Deputados
e foi tietado por parlamentares. Ishii fez fotos com deputados, assessores e
servidores nos corredores e no plenário. Ele havia ido a Brasília para
participar da posse da nova diretoria da Federação Nacional dos Policiais
Federais.