domingo, 1 de maio de 2016

Pizzolato: de diretor do Banco do Brasil a auxiliar de pedreiro

Ex-mandachuva da poderosa diretoria de Marketing do Banco do Brasil, o mensaleiro-fujão Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia, tem uma nova formação profissional.
Pizzolato conseguiu o diploma de auxiliar de pedreiro no início deste ano, depois de cursar 180 horas de aula no Complexo Penitenciário da Papuda, por meio de um convênio com o Centro de Educação Profissional (Cened).
Nada indica que o ex-sindicalista pretenda começar uma nova carreira aos 63 anos. Pizzolato estudou entre os dias 18 de novembro e 7 de janeiro para reduzir sua pena no cárcere.
Conseguiu o perdão de quinze dias. E está prestes a poder deixar a cadeia durante o dia. Ele também passou a trabalhar na biblioteca da Papuda, a dar aulas de italiano e alfabetizar outros presos, conforme relatório de inspeção do Ministério Público obtido pelo site de VEJA.
Dedica-se à leitura e faz caminhadas matinais. A cada três dias de trabalho, ele reduz um da pena.
O advogado de Pizzolato, Hermes Vilchez Guerrero, já deu entrada no pedido de progressão ao regime semiaberto.
"Ele tem bom comportamento, estuda e está trabalhando. Agora estamos na expectativa", disse o criminalista.
Condenado no julgamento do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro em 2012, ele fugiu para a Itália, onde foi preso em fevereiro de 2014.
Depois de apelações a cortes administrativas e judiciárias, terminou extraditado ao Brasil em outubro de 2015.
Desde então, Pizzolato divide com o também mensaleiro Ramon Hollerbach a cela número 1 da Ala dos Vulneráveis do Centro de Detenção Provisória da Papuda.
Pizzolato mantém bom relacionamento com Hollerbach e outros presos.