Pizzolato conseguiu o diploma de auxiliar de pedreiro no
início deste ano, depois de cursar 180 horas de aula no Complexo Penitenciário
da Papuda, por meio de um convênio com o Centro de Educação Profissional
(Cened).
Nada indica que o ex-sindicalista pretenda começar uma nova
carreira aos 63 anos. Pizzolato estudou entre os dias 18 de novembro e 7 de
janeiro para reduzir sua pena no cárcere.
Conseguiu o perdão de quinze dias. E está prestes a poder
deixar a cadeia durante o dia. Ele também passou a trabalhar na biblioteca da
Papuda, a dar aulas de italiano e alfabetizar outros presos, conforme relatório
de inspeção do Ministério Público obtido pelo site de VEJA.
Dedica-se à leitura e faz caminhadas matinais. A cada três
dias de trabalho, ele reduz um da pena.
O advogado de Pizzolato, Hermes Vilchez Guerrero, já deu
entrada no pedido de progressão ao regime semiaberto.
"Ele tem bom comportamento, estuda e está trabalhando.
Agora estamos na expectativa", disse o criminalista.
Condenado no julgamento do mensalão por corrupção passiva,
peculato e lavagem de dinheiro em 2012, ele fugiu para a Itália, onde foi preso
em fevereiro de 2014.
Depois de apelações a cortes administrativas e judiciárias,
terminou extraditado ao Brasil em outubro de 2015.
Desde então, Pizzolato divide com o também mensaleiro Ramon
Hollerbach a cela número 1 da Ala dos Vulneráveis do Centro de Detenção
Provisória da Papuda.
Pizzolato mantém bom relacionamento com Hollerbach e outros
presos.