sábado, 7 de maio de 2016

"Não vou para debaixo do tapete, vou ficar aqui brigando", diz Dilma

Falando para uma plateia de agricultores, operários e militantes petistas, presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (6) em Cabrobó, sertão de Pernambuco, que se manterá "brigando" caso seja afastada da Presidência pelo impeachment.
"Eles queriam que eu renunciasse. Mas, se eu renunciar, iria para debaixo do tapete. Eu não vou para debaixo do tapete, eu vou ficar aqui brigando", afirmou Dilma, que fez uma visita a obras da transposição do rio São Francisco.
A presidente afirmou ser a "prova de uma injustiça" e disse que o Congresso está condenando uma pessoa inocente.
As declarações da presidente foram dadas no dia em que a Comissão do Impeachment do Senado aprovou por 15 votos a 5 o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB) que defende o prosseguimento do processo de afastamento da presidente do cargo.
Após uma defesa enfática de programas sociais como o Bolsa Família, Água para Todos e Minha Casa Minha Vida, Dilma disse que projetos voltados para os mais pobres serão reduzidos e extintos caso ela seja afastada da Presidência.
"Agora, há pessoas que não acham que a prioridade são os gastos sociais. Acham que é um desperdício o Bolsa Família para a quantidade de famílias que nós colocamos. Acham que só 5% dos mais pobres deve ter acesso ao Bolsa Família. E isso eu não concordo", disse, numa referência a declarações recentes de aliados do vice-presidente Michel Temer.