O Tribunal do Júri da Comarca de Carlópolis condenou no final da tarde desta sexta-feira, 13, a ré Franciele Cristina de Miranda pela morte do aposentado Waldemar de Souza, 79, ocorrida em junho de 2014.
Mesmo sem existir provas de que a acusada foi a autora do
homicídio e pedido formal de condenação pelo Ministério Público Estadual (MP-PR),
os jurados se convenceram que os indícios apresentados pela promotoria eram
suficientes para incriminá-la.
O julgamento teve início pouco depois das 9h30 e, durante
todo o dia, defesa e acusação apresentaram argumentos para convencer os jurados
pautados no depoimento de testemunhas que entraram em contradições.
Os indícios apresentados pelo Ministério Público defenderam
a tese de crime passional. O promotor de Justiça Lucas Junqueira Bruzadelli
Macedo, disse que os elementos reunidos no processo indicam que Franciele
assassinou o aposentado e depois tentou descaracterizar a cena do crime para
atrapalhar as investigações conforme concluiu a Polícia Civil.
No entanto, a motivação para o homicídio não foi apontada
pela acusação. O promotor, entretanto, acredita que Francieli agiu sob efeito
de entorpecente por interesses materiais da vítima.
Já a defesa pronunciada pelo advogado Marcelo Leonardo Maia,
insistiu na falta de materialidade para incriminar a acusada e pediu aos
jurados que na dúvida a absolvesse conforme orienta a lei.
O defensor chegou, inclusive, a revelar o nome de outros
dois suspeitos investigados no caso, os quais assim como a acusada, não foram provadas
relação com o crime.
Durante as oitivas, a testemunha Irene Antônio de Oliveira
voltou a afirmar que foi coagida por um investigador da Polícia Civil para
mentir em seu depoimento no inquérito para incriminar Franciele.
Outras testemunhas ouvidas durante o julgamento também
acusaram o mesmo policial pela prática.
A sentença foi lida às 17h30 pela Juíza de Direito Andrea
Russar Rachel, que fixou pena de 13 anos e seis meses de reclusão, em regime
fechado, a Franciele Cristina de Miranda.
Para o promotor de Justiça Lucas Junqueira Bruzadelli, a
decisão dos jurados representou o desejo da população por Justiça.
O advogado Marcelo Leonardo Maia, disse que pretende
conversar com a sua cliente para decidir se irá recorrer da sentença.
Fonte: Tribuna do Vale
Fonte: Tribuna do Vale