
A denúncia, decorrente de investigação do Gaeco de
Guarapuava, aponta o gestor público como o líder de uma organização criminosa
destinada a praticar crimes em prejuízo aos cofres do Município.
De acordo com o MP-PR, o prefeito montou empresas em nome de
“laranjas”, que contratavam com o Poder Público ou que eram subcontratadas por
outras corporações que haviam vencido processo licitatório.
A prefeitura pagava o valor contratado via licitação, mas o
serviço era realizado com máquinas, materiais e servidores da própria
administração municipal.
A denúncia aponta, também, o recebimento de propina, pelo
denunciado, pagas por empreiteiras contratadas pelo Município; a interferência
do acusado para que licitantes fossem mantidos afastados de determinado
processo licitatório; e o favorecimento de pessoas de sua relação pessoal e
política em licitações, mediante pressão a empresário que já havia vencido o
certame.
O gestor público é acusado da prática de falsidade
ideológica, desvio de rendas públicas, utilização indevida de bens do
município, corrupção passiva, concussão (exigência de vantagem indevida),
crimes contra a lisura nas licitações e advocacia administrativa qualificada
(defesa indevida de interesses de particulares).
Prisão
No dia 12 de fevereiro, o prefeito municipal e um empresário
do segmento de coleta de lixo foram presos em flagrante, pelo Gaeco, em
Curitiba, por corrupção passiva e ativa.
Eles foram detidos no momento em que o empresário entregava
ao prefeito um envelope contendo R$ 20 mil.
O gestor público foi solto, mas foi afastado de suas funções
por determinação do Tribunal de Justiça.
Outra denúncia
Na mesma oportunidade foi entregue ao juízo da comarca de
Prudentópolis denúncia criminal envolvendo outras 29 pessoas, por 21 crimes,
relacionados aos mesmos fatos citados acima.
São 17 empresários, dois filhos do prefeito, nove servidores
municipais e um servidor estadual.
A existência de dois processos se explica visto que o
prefeito detém prerrogativa de foro e, assim, responde ao processo no Tribunal
de Justiça, enquanto os demais respondem na comarca onde ocorreram os fatos.
Assessoria de Comunicação
Ministério Público do Paraná