
O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) cumpriu mais dois mandos de prisão em Londrina nesta segunda-feira (16)
referentes ao esquema de exploração sexual de menores descoberto no dia 13 de
janeiro, quando o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza foi preso em um conhecido
motel da cidade na companhia de uma adolescente de 15 anos.
Procurado pelo Bonde no final da tarde de hoje, o delegado
do Gaeco, Alan Flore, confirmou a prisão de ao menos mais dois suspeitos e
adiantou que deve continuar em diligências durante a noite, atrás de ainda mais
pessoas que estão envolvidas no esquema.
O Gaeco está cumprindo mandados de prisão e também de busca
e apreensão. Alan Flore não quis revelar os nomes dos suspeitos já detidos.
O delegado havia conversado com a reportagem no início da
tarde e revelado que deve abrir novos inquéritos relacionados ao esquema de
exploração sexual no decorrer dos próximos dias.
Os novos processos devem ter, como suspeitos, os que foram
presos pelo Gaeco no dia de hoje.
Vale lembrar que o órgão já concluiu onze inquéritos e, até
então, analisava outros cinco.
Flore, que substituiu o antigo delegado do grupo nesta
segunda-feira, acredita que a troca de comando não deverá prejudicar o
andamento das investigações.
"Estou me inteirando de tudo e trabalhando para que não
haja essa quebra de continuidade da apuração", garantiu.
Inquéritos
Na sexta-feira (13), o então delegado do Gaeco, Ernandes
Cezar Alves, concluiu os décimo e décimo primeiro inquéritos relacionados ao
esquema de exploração sexual.
São acusados, nos processos, o ex-vereador Alvair Avelino de
Souza e Íris Matos Moreira, que, segundo o Ministério Público (MP), seria o
proprietário do motel Cinco Coelhinhos à época em que os crimes foram
praticados.
De acordo com as investigações, os dois teriam mantido
relações sexuais com 14 adolescentes em Londrina. Eles foram indiciados por
favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável.
Foragidos
Também na sexta, o delegado havia revelado que dois
empresários suspeitos de participarem do esquema são considerados foragidos
pela Justiça.
José Eliseu da Silva Pereira e Renato Maestri de Menezes
deveriam ter sido detidos no último dia 6 de março, quando o Gaeco cumpriu a
prisão de Souza e Moreira.
Pereira e Menezes são acusados de manter relações sexuais
com ao menos doze meninas na cidade.