segunda-feira, 16 de março de 2015

Mais dois são presos por participação em rede de exploração sexual

Guilherme Batista - Redação Bonde
O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mais dois mandos de prisão em Londrina nesta segunda-feira (16) referentes ao esquema de exploração sexual de menores descoberto no dia 13 de janeiro, quando o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza foi preso em um conhecido motel da cidade na companhia de uma adolescente de 15 anos.
Procurado pelo Bonde no final da tarde de hoje, o delegado do Gaeco, Alan Flore, confirmou a prisão de ao menos mais dois suspeitos e adiantou que deve continuar em diligências durante a noite, atrás de ainda mais pessoas que estão envolvidas no esquema.
O Gaeco está cumprindo mandados de prisão e também de busca e apreensão. Alan Flore não quis revelar os nomes dos suspeitos já detidos.
O delegado havia conversado com a reportagem no início da tarde e revelado que deve abrir novos inquéritos relacionados ao esquema de exploração sexual no decorrer dos próximos dias.
Os novos processos devem ter, como suspeitos, os que foram presos pelo Gaeco no dia de hoje.
Vale lembrar que o órgão já concluiu onze inquéritos e, até então, analisava outros cinco.
Flore, que substituiu o antigo delegado do grupo nesta segunda-feira, acredita que a troca de comando não deverá prejudicar o andamento das investigações.
"Estou me inteirando de tudo e trabalhando para que não haja essa quebra de continuidade da apuração", garantiu.
Inquéritos
Na sexta-feira (13), o então delegado do Gaeco, Ernandes Cezar Alves, concluiu os décimo e décimo primeiro inquéritos relacionados ao esquema de exploração sexual.
São acusados, nos processos, o ex-vereador Alvair Avelino de Souza e Íris Matos Moreira, que, segundo o Ministério Público (MP), seria o proprietário do motel Cinco Coelhinhos à época em que os crimes foram praticados.
De acordo com as investigações, os dois teriam mantido relações sexuais com 14 adolescentes em Londrina. Eles foram indiciados por favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável.
Foragidos
Também na sexta, o delegado havia revelado que dois empresários suspeitos de participarem do esquema são considerados foragidos pela Justiça.
José Eliseu da Silva Pereira e Renato Maestri de Menezes deveriam ter sido detidos no último dia 6 de março, quando o Gaeco cumpriu a prisão de Souza e Moreira.
Pereira e Menezes são acusados de manter relações sexuais com ao menos doze meninas na cidade.