terça-feira, 30 de setembro de 2014

Ex-deputado nega envolvimento com ‘delivery’ de cocaína

O ex-deputado estadual Fabio Camargo negou nesta segunda-feira (29), em entrevista por telefone à Folha de Londrina, envolvimento no esquema de "delivery" de cocaína que
funcionava na lanchonete Waldo X-Picanha Prime, em Curitiba.
Na última sexta-feira, a delegada Camila Cecconello, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) do Paraná, disse que, dois dias antes, quando a polícia invadiu o local e prendeu sete pessoas, encontrou uma conta de telefone de Camargo com o mesmo endereço do estabelecimento, além de papeis do antigo escritório de advocacia do hoje conselheiro afastado do Tribunal de Contas (TC) do Estado.
"Eu já demonstrei, tenho um protocolo de junho do ano passado, que pedi a transferência e que, desde setembro (de 2013), essa linha não é mais minha", afirmou.
Ele explicou que tinha planos de abrir um negócio no imóvel, o que acabou não ocorrendo.
"Assim como eles (investigadores) devem ter encontrado o IPTU do dono e a nota fiscal, também encontraram documentos do meu escritório, de dois ou três anos atrás, porque aquele comércio era de um amigo meu e, posteriormente, poderia ter sido meu."
O ex-parlamentar contou que seu advogado foi ontem à Denarc prestar esclarecimentos e que os policiais sequer pediram para ouvi-lo.
"Eu não sou motivo de investigação alguma. Basta perguntar para a autoridade policial", completou. Já sobre a prisão de Alexandro Cardoso, que seria o dono da franquia e que foi seu comissionado na Assembleia Legislativa (AL), o conselheiro se mostrou surpreso.
"Ele sempre foi um bom funcionário, um homem de família, e para trabalhar na Assembleia você tem que cumprir uma série de requisitos. Durante o tempo em que trabalhou comigo, cumpriu todos."