A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL),
Berenice Jordão, repudiou as declarações do Secretário de Segurança Pública do
Paraná (Sesp), Fernando Francischini, proferidas na tarde desta segunda-feira
(4).
Durante coletiva, o gestor da pasta exibiu imagens de
supostos integrantes do "black bloc", grupo que seria o responsável
pelo início do embate entre policiais e manifestantes no dia 29 de abril,
segundo o Governo.
Pelo menos quatro estudantes da UEL detidos naquele dia
aparecem nas fotos.
"É bastante lastimável a divulgação das imagens que
associam estudantes e docentes da universidade a grupos radicais que teriam
provocado o conflito", disse. "Queremos esclarecer que os alunos
presentes no protesto estavam devidamente acompanhados de servidores-técnicos e
professores", completou.
Ela ainda enfatizou que os acadêmicos se manifestaram de
maneira "ordeira" e, mesmo assim, acabaram presos.
No dia em que o Centro Cívico foi palco do confronto que
deixou mais de 200 feridos, as lideranças da App Sindicato e Sindiprol/Aduel
demoraram horas para identificar os estudantes detidos, devido a falta de
informações e identificação dos policiais que efetuaram as prisões. "Eu
entrei em contato com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ensino Superior
para que a mesma interviesse buscando esclarecimentos junto à Secretaria de
Segurança", revelou.
Questionada se tomará medidas formais contra os órgãos,
Berenice limitou-se a dizer que tem a intenção, a princípio, "de
esclarecer" os acontecimentos e "repudiar" a posição da Sesp.
Ainda segundo ela, a administração da instituição já se
reuniu com estudantes e lideranças do Sindiprol/Aduel para solicitar que as
imagens saiam de circulação.
"Entramos em contato com o deputado estadual Tercílio
Turini (PPS) para fazer a intermediação nesse aspecto", finalizou.
(Com informações da CBN Londrina)