Argentina Edith Casas, 22, oficializa união com o assassino
de sua irmã gêmea
Mesmo sob vaias e pedradas na porta do cartório da cidade de
Pico Truncado, na Argentina, a jovem Edith Casas, 22, finalmente conseguiu se
casar com o homem que cumpre pena pelo assassinato de sua irmã gêmea. O
casamento foi realizado ao meio-dia desta quinta-feira (14), dia em que alguns
países comemoram o Dia dos Namorados.
O noivo Victor Cingolani, 27, que vestia uma camisa branca e
uma jaqueta preta, chegou ao cartório
algemado e acompanhado por policiais. Ainda que a cerimônia tenha sido
reservada, cerca de 1.330 civis, segundo o jornal "Clarín", fizeram
um protesto em frente ao local.
Após dizerem "sim" aos juízes, o casal deixou o
cartório em meio a insultos. Alguns populares chegaram até atirar pedras em
Cingolani, que foi condenado a 13 anos de prisão pela morte de Johana Casas
[irmã gêmea de Edith]. Ele voltará para
a penitenciária, aonde cumpre a pena às 20h de hoje, horário marcado para o fim
da festa.
Nem mesmo a família da noiva aprovou essa união nada
convencional. Marcelina Orellana, a mãe das gêmeas, entrou com um recurso na
Justiça para tentar impedir o casamento, que estava previsto inicialmente para
o dia 21 de dezembro.
Mas a Justiça aprovou a união de Cingolani e Edith após os
resultados dos exames de sanidade da jovem não terem apresentado qualquer
alteração. E Cingolani, mesmo cumprindo pena, recebeu permissão especial para
comparecer à cerimônia.
Johana tinha 20 anos quando foi encontrada morta em uma
floresta de Pico Truncado com dois tiros no peito. Ela e Cingolani eram
namorados, mas na época do crime [julho de 2010] estavam separados.