Redação Bonde
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) de Londrina encaminhou, na terça-feira (15), duas denúncias à Justiça
contra o ex-prefeito cassado Barbosa Neto (PDT) e ex-secretários.
A primeira denúncia trata do caso envolvendo a empresa
Proguarda, cujo contrato teve desvio de R$ 955.294,34, com crimes de peculato e
supressão de documentos públicos. O ex-secretário de Governo Marco Cito e o
ex-procurador-geral Fidelis Canguçu também foram citados na denúncia.
A Promotoria sustenta que, em julho de 2010, um
representante legal da Proguarda requereu ao Município de Londrina a
recomposição do equilíbrio econômico financeiro referente ao contrato,
"utilizando-se, para tanto, de motivos falsos e de motivos pré-existentes
à realização do contrato e dos quais já tinha conhecimento antes da celebração
do mesmo, visando, exclusiva e dolosamente, apropriar-se de dinheiro
público".
A outra denúncia - também contra Barbosa Neto, Marco Cito e
Fidelis Canguçu, a ex-secretária de educação Karin Sabec, o ex-secretário de
Planejamento Fabio Góes, além do proprietário de uma editora de livros - trata
da aquisição, por parte da Prefeitura, de livros didáticos para a rede pública
municipal, com dispensa da licitação fora das hipóteses legais.
A obra é "Vivenciando a cultura afro-brasileira e
indígena", acusada de ter conteúdo racista, com 13,5 mil livros que
tiveram de ser recolhidos, causando um prejuízo ao município de R$ 621 mil.
De acordo com o MP, para fechar o negócio, a Editora Ética
ofereceu ‘desconto especial’ de 20% sobre os livros adquiridos. No entanto, os
acusados combinaram com o empresário de pagar o valor integral, promovendo o
desvio de R$ 124 mil dos cofres públicos.