Em funcionamento há pouco mais de dois anos, a estrutura
está disponível à rede pública de saúde e dá suporte à assistência de pacientes
com quadros graves na região.
Com a abertura da UTI na Santa Casa, o número de
transferências de pacientes caiu significativamente.
Casos que antes eram encaminhados a hospitais de Londrina e
Arapongas agora são atendidos em Bandeirantes.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo
Neto, a iniciativa preencheu um vazio assistencial.
“Não havia leitos de UTI adulto nesta microrregião. Hoje os
pacientes são atendidos mais perto de casa e com todo o conforto e segurança de
um serviço de alta complexidade”, disse Caputo Neto.
O Governo do Estado investiu cerca de R$ 2 milhões na obra
do espaço que abriga a UTI e ainda destinou uma série de equipamentos para
estruturar o serviço.
Entre os aparelhos estavam respiradores mecânicos, monitores
multiparamétricos e camas especiais.
“Vemos que foi um investimento que deu resultado. Centenas
de vidas já foram salvas graças à implantação desses leitos e isso tudo também
se deve ao profissionalismo da equipe que trabalha aqui”, destacou o
superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida, durante visita
ao hospital.
A maior parte dos pacientes tem perfil clínico, como idosos,
vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) ou com doença pulmonar obstrutiva
crônica. Além disso, a unidade recebe parte da demanda de trauma, como quedas e
acidentes de trânsito.
APOIO
“Assumimos o pagamento administrativo dos dez leitos até que
o Ministério da Saúde habilite o serviço. São pelo menos R$ 3 milhões por ano,
o que garante a manutenção das atividades da UTI e a oferta dos leitos ao SUS”,
explica Almeida.
Para o administrador da Santa Casa de Bandeirantes, João
Carlos Ferreira, sem o apoio do Governo do Estado, o projeto da UTI não sairia
do papel e a unidade enfrentaria grandes dificuldades financeiras.
“Se hoje nos tornamos referência e podemos manter uma UTI,
isso se deve ao empenho da nossa provedora Carlota Meneghel e à sensibilidade
do governador Beto Richa, que entendeu a necessidade desta estrutura para a
região”, declarou.
Ferreira ressalta que a taxa de ocupação da UTI chega a
quase 100%. O hospital realiza ainda 280 internações em leitos gerais
mensalmente.
Por dia, são 150 atendimentos no Pronto Socorro. A unidade é
referência também para gestações de risco intermediário, com 40 partos por mês.