Mariana Franco Ramos/Grupo Folha
Após os professores da rede pública estadual entrarem em
"estado de greve", o governo Beto Richa (PSDB) iniciou os estudos
para enviar um novo projeto à Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, revogando
a lei relativa à reposição inflacionária da categoria.
A justificativa é de que não haveria dinheiro em caixa para
arcar as promoções e progressões e, ainda, com a reposição da inflação.
A situação foi discutida na noite da última terça-feira
(28), durante uma reunião do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, com a base
aliada, no Palácio Iguaçu.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
do Paraná (APP-Sindicato), a gestão tucana deve, considerando o mês de junho,
R$ 262 milhões em progressões e promoções para o conjunto de trabalhadores.
Deste montante, R$102 milhões dizem respeito a débitos com
os funcionários e R$ 160 milhões com os docentes.
Se o atraso persistir, a dívida, reconhecida pelo Executivo,
chegaria a R$ 450 milhões em dezembro.
Na assembleia do último sábado, os educadores decidiram
cruzar os braços no dia 30 de agosto por 24 horas e, dependendo do rumo das
negociações, parar por tempo indeterminado.