A Polícia Militar Ambiental (PMA) apreendeu 2,4 mil metros
de rede no Rio Tibagi, próximo a Sertanópolis (Região Metropolitana de
Londrina).
A operação começou por volta das 18 horas de quarta-feira e
só foi concluída às 5 horas da manhã de ontem.
Segundo o sargento Cláudio Pereira da Rocha, a operação foi
deflagrada devido às várias denúncias que a Polícia Ambiental vinha recebendo
de pesca clandestina.
"As redes não possuem plaqueta de identificação com o
nome do proprietário nem número de identificação da associação de pescadores.
São pescadores amadores que utilizam esses apetrechos de pesca fora da normativa",
apontou o sargento.
A Polícia Ambiental foi ao local com dois barcos e as redes
foram localizadas por volta da 1h30 da madrugada, perto do porto de areia que
existe no local.
"Eles têm as artimanhas para tentar colocar as redes em
locais difíceis de pegar, no entanto nós temos equipamentos para achá-las. Mas
é preciso ter paciência", explicou Rocha.
Apesar dos esforços, ninguém foi preso. "O nosso
objetivo é coibir a pesca e a caça predatória e tentar preservar o pouco que
ainda nos resta", afirmou a soldado Camila Reina, porta-voz da Polícia
Ambiental.
As redes apreendidas são de malhas de diversos tamanhos.
"Achamos malhas de 10, 8 e 6 centímetros. Com essas redes esses pescadores
poderiam pegar peixes bem abaixo da medida", ressaltou o sargento Cláudio
Rocha.
Ele explicou que, para cada peixe, há uma medida mínima.
"Nós possuímos uma régua com as medidas mínimas e o que estiver abaixo
disso é ilegal", acrescentou.
Os peixes mais comuns no Tibagi são Cascudo (com minimo de
35 cm para pesca), Barbado (50 cm), Pacu (40 cm), Piau (28 cm) e Mandi (25 cm).
O material apreendido foi levado à sede da Polícia
Ambiental, em Londrina.
O sargento advertiu que a pessoa que for flagrada realizando
pesca ilegal pode receber multa e até ser presa.
"A pena para isso é de 6 meses a 3 anos de
prisão", expôs.
(Colaborou Samara Rosemberguer/Grupo Folha)