A pavimentação asfáltica das vias urbanas é um dos grandes
dramas vividos pelas prefeituras da região, que sofrem principalmente com o
alto custo da sua manutenção.
Para amenizar o problema, onze municípios da região de
Astorga (PR) uniram-se em torno de um consórcio que deu tão certo que agora
deverá ser ampliado. Estima-se o ingresso de mais 30 municípios.
Uma reunião reservada realizada recentemente em Londrina com
prefeitos e representantes municipais interessados na adesão, deu o pontapé
inicial para a ampliação do bem-sucedido Consórcio Intermunicipal de
Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano da Região de Astorga (Cindast).
O serviço de pavimentação da associação, oferecido na forma
de rodízio entre as cidades proponentes, começou a ser realizado em dezembro do
ano passado com o início das operações de uma usina de micropavimento asfáltico
– veículo móvel especial, novo, adquirido pelo Cindast com recursos federais
viabilizados por meio do deputado federal Alex Canziani e do senador Álvaro
Dias, no valor de R$ 1 milhão.
A formação do consórcio para atender à constante necessidade
regional se deu por meio de uma sugestão de Canziani.
CRONOGRAMA
O Cindast já remodelou vias em Astorga, Paranacity,
Colorado, Miraselva e Jaguapitã, agora está terminando o serviço em Santa Fé e
depois segue para Prado Ferreira e Centenário do Sul. O cronograma mostra ainda
que em breve a usina será deslocada também para Nova Esperança e Munhoz de
Melo.
O veículo do Cindast opera apenas em vias já pavimentadas,
mas que precisam ser recuperadas.
A base precisa ser nivelada, limpa e lavada, e árvores das
calçadas laterais precisam ser podadas, se for o caso, para que o serviço seja
concluído com qualidade.
Segundo o presidente do consórcio, Arquimedes ‘Bega’
Ziroldo, prefeito de Astorga, o custo da sobreposição da nova capa de
pavimentação é bem menor se comparado com o realizado por empresas privadas
contratadas pelos municípios através de uma licitação convencional.
CUSTO REDUZIDO
O problema do alto custo está principalmente nos insumos.
Uma das mais importantes matérias-primas da mistura para a formação da massa a
ser aplicada sobre a base da via é a emulsão (líquido de coloração
marrom-escuro), que custa entre R$ 2,40 e R$ 2,60 o litro: “Quero ver se com o
consórcio a gente consegue reduzir este custo para algo em torno de R$ 1,90”, espera
o presidente da entidade.
No final das contas, o metro quadrado pavimentado por meio
do consórcio sai por até R$ 5,50 (duas camadas), enquanto que se fosse no
mercado convencional sairia por cerca de R$ 12,00 (e apenas para uma camada).
“Chegamos a reduzir em cinco vezes o custo operacional do
serviço”, explica o prefeito de Astorga.
Hoje, a máquina do consórcio pode atender bem a demanda de
até 12 municípios, considerando que o equipamento pode cobrir até 4 mil metros
quadrados de asfalto por dia.
“Para nós, a experiência [do serviço de asfaltamento] está
sendo um aprendizado, mas
estamos indo bem e muito empolgados”, comemora Bega,
mencionando inclusive a contratação de operadores da usina especializados.
As vantagens oferecidas pelo sistema de consórcio vão
possibilitar à associação de municípios a locação de mais uma usina do gênero,
para dar conta do ingresso de novos municípios e da crescente demanda da
região, a aquisição de um caminhão-pipa e de uma ousada usina para Tratamento
Superficial Triplo (TST), para a pavimentação de vias novas.
MAIS VERBAS
Os recursos para a aquisição dos novos equipamentos virão do orçamento da União, através de novas emendas parlamentares de Canziani e Dias.
Os recursos para a aquisição dos novos equipamentos virão do orçamento da União, através de novas emendas parlamentares de Canziani e Dias.
De acordo com Arquimedes Ziroldo, já foram conveniados R$
400 mil através do deputado (para a aquisição de insumos) e R$ 333 mil por meio
do senador (compra de equipamentos).
Outros R$ 2 milhões deverão ser incluídos por Alex Canziani
no orçamento, e mais R$ 700 mil por Álvaro Dias.