sexta-feira, 1 de maio de 2015

Nota da FAEP sobre prorrogação do CAR

Finalmente o governo federal acordou, embora um pouco tarde, para o enorme problema que a não prorrogação causaria para milhares de produtores rurais do Brasil.
Cumprindo seu papel, a FAEP desde o início se posicionou tentando evitar essa novela. Primeiro orientando o Ministério do Meio Ambiente sobre os erros que o programa de computador apresentava e depois capacitando sindicatos, instrutores, funcionários, etc. para o preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Percebendo que, mesmo com todos os esforços, não seria possível a realização do cadastro de todas as propriedades rurais, a FAEP pressionou, mediante diversos ofícios à ministra Izabella Teixeira e solicitou aos parlamentares da bancada paranaense e da Frente Parlamentar da Agropecuária, que se sensibilizassem em relação à necessidade de prorrogação.
A demora no anúncio, criou um estresse desnecessário que lamentavelmente, mesmo com a confirmação da prorrogação do CAR, ainda nos fará lidar com as consequências de um grande número de preenchimentos errados para o cumprimento do prazo, resultando em problemas na análise dessa documentação.
Sem contar o fato de que, curiosamente, a presidente Dilma Rousseff “passou a bola” ao ministério do Meio Ambiente, ao delegar a prorrogação do prazo do CAR. Ela tinha a oportunidade de “ficar de bem” com mais de 5 milhões de produtores rurais do país, cerca de 530 mil no Paraná, se simplesmente assinasse o decreto de prorrogação.
Aliás, é o que prevê a própria Lei 12.651/2012, no artigo 29, parágrafo 3º, onde está a competência do “chefe do executivo” para essa medida.
Até prova em contrário, Dilma Rousseff é a presidente do Brasil e a transferência do anúncio para a ministra soa, não só curioso, mas um gesto de falta de sensibilidade política de um governo tão carente de boas notícias.
Ágide  Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Paraná