Para governador, estado chegou ao limite. "Vamos deixar
de lado a intransigência e vamos voltar ao trabalho", cobrou
Marco Feltrin - Redação Bonde
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), publicou um vídeo
em seu perfil no Facebook comentando a nova proposta de reajuste salarial aos
servidores, apresentada esta semana na Assembleia Legislativa.
A proposta governista é de reajuste de 3,45% parcelados
entre os meses de setembro, outubro e novembro, repondo a inflação do ano
passado, e cerca de 8,5% em janeiro de 2016, para repor a inflação de 2015.
A iniciativa foi rechaçada pela categoria, mas o governador
afirma que o Estado chegou em seu limite. "É uma proposta séria,
irrecusável nas circunstâncias da crise econômica que vive o Brasil hoje. Fui
surpreendido com a recusa da APP. Estou convencido que esta atitude ultrapassou
a defesa dos interesses salariais dos professores", disse Richa,
associando a movimentação sindical ao Partidos dos Trabalhadores (PT).
"Procuramos fazer o melhor para atender professores.
Agora é hora de voltar para a sala de aula. Faço um apelo a professores e
servidores. Vamos deixar de lado a intransigência e vamos voltar ao
trabalho".
...
"Indecorosa", diz professor da UEL sobre nova
proposta do governo
O vice-presidente do Sindicato dos Professores do Ensino
Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Nilson
Magagnin Filho, não poupou críticas à nova proposta apresentada pelo Governo do
Estado referente ao reajuste do funcionalismo.
"Ela é, no mínimo, indecorosa", afirmou em
entrevista ao Bonde nesta quinta-feira (28).
Na nova proposta, apresentada aos servidores na quarta (27),
o governo diminuiu de 5% para 3,45% a reposição salarial e, em contrapartida,
se ofereceu a antecipar a data-base do próximo ano, estimada em 8,%, de maio
para janeiro.
"Ela é péssima e nos deixou indignados", destacou
o sindicalista, também criticando o fato de o poder público ter discutido os
novos pontos apresentados de forma unilateral. "Nada pode ser posto
unilateralmente quando se trata de uma data-base", observou.
Os professores da UEL estão em greve desde o início de maio;
paralisação fez universidade suspender calendário acadêmico e o vestibular 2016.
Ele também disparou contra a intenção do governo de antecipar a data-base a partir do próximo ano. "É quando patrão e empregado sentam para discutir reajuste salarial. O patrão, no caso o Governo do Estado, não pode decidir o período de discussão sem comunicar os seus funcionários", argumentou.
Ele também disparou contra a intenção do governo de antecipar a data-base a partir do próximo ano. "É quando patrão e empregado sentam para discutir reajuste salarial. O patrão, no caso o Governo do Estado, não pode decidir o período de discussão sem comunicar os seus funcionários", argumentou.
Magagnin Filho afirmou que o Sindiprol/Aduel pretende
discutir a nova proposta do governo com os outros sindicatos antes de levá-la
para ser votada em assembleia.
"Vamos propor uma grande articulação às outras
entidades com o objetivo de fazer uma análise mais profunda da proposta e
afinar o discurso", explicou, acrescentando que o sindicato pretende
marcar a assembleia para apresentar o que foi analisado aos professores no
início da próxima semana.