Vereador Jorginho (esquerda) |
O motivo é a citação do nome dele em um suposto esquema de
desvio de verbas da prefeitura ao Hospital São Camilo, denunciada pelo
ex-presidente do Legislativo Alex de Faria (PRB) com base em conversas no site
de relacionamentos Facebook.
Segundo o presidente da Casa, Maurílio Martielho (PSD), o
Bidu, o pedido foi feito ontem e deve passar por análise do departamento
jurídico para, então, ser lido na próxima sessão. "Teria de chamar os
suplentes de sete vereadores que estariam impedidos de votar", afirmou.
A representação de Jorginho tem como base denúncia feita por
Alex contra Fabinho. Segundo o ex-presidente, em conversas pelo Facebook, o
líder tenta cooptá-lo para o grupo de apoio ao prefeito Élio Batista da Silva
(PDT).
Nessas conversas, de fevereiro a abril de 2014, o líder do
governo relata o suposto esquema de desvio de verbas para o prefeito e pelo
menos seis vereadores, incluindo si próprio.
A prefeitura mantém contrato com o Hospital São Camilo, que
é particular, há décadas, porque é o único do município. Em 2012, os repasses
eram de R$ 55 mil ao mês.
No ano passado, subiram para R$ 108 mil, mas o contrato não
foi renovado por recomendação do MP.
As conversas foram impressas e Alex e Bidu dizem ter levado
o conteúdo para o Ministério Público ainda no ano passado. De acordo com eles,
a denúncia não veio a público antes porque o MP pediu sigilo para as
investigações.
"Só resolvemos falar agora porque estão dizendo que
somos responsáveis pelo fechamento do hospital", justificou Alex.
O prefeito negou participar de esquema ilícito envolvendo o
hospital e disse que o contrato foi suspenso porque o São Camilo recebia verbas
do SUS e do Município.
A Prefeitura contrata o plantão das 19h às 7h e aos sábados,
domingos e feriados. O restante do expediente é do próprio hospital.
Para Batista, houve invasão da conta de Fabinho e as
conversas foram simuladas. "Qualquer perito pode constatar isso."
Já Fabinho, que também nega o esquema e ter travado as
conversas virtuais com Alex, diz aguardar apuração das polícias Civil e Federal
da identificação do IP (número único que registra um dispositivo na internet)
da origem dos acessos. Ele também diz não ter telefone em casa.
A direção do São Camilo diz desconhecer qualquer esquema
ilícito envolvendo a entidade e que, a pedido do MP, está buscando alternativas
para adequar o contrato com a administração.
Segundo a direção, os termos do contrato dão a entender que
o hospital recebe em duplicidade por procedimentos, o que não ocorreria. A
promotora apontada por Bidu e Alex, Amarílis Fernandes Picarelli Cordioli, foi procurada,
mas ela está em férias.
Fonte: Folha de Londrina
Fonte: Folha de Londrina