Depois de dois anos fora das competições da elite do futsal,
a equipe da Unifil voltará a representar Londrina na Série Ouro do Campeonato
Paranaense.
O time, sob o nome Unifil EaD/Colégio Londrinense havia sido
convidado inicialmente para disputar a segunda divisão do esporte, a Série
Prata.
Mas no último fim de semana veio a oportunidade de disputar
a elite estadual.
“Estávamos nos estruturando para competir na Série Prata,
mas recebemos um honroso convite da federação para competir na elite. Avaliamos
os prós e os contras e a logística de deslocamento pesou a favor da Série
Ouro”, explicou o reitor da Unifil e dirigente da equipe, Eleazar Ferreira.
Segundo ele, a segunda divisão será disputada em turno e
returno, o que dobraria as distâncias a serem percorridas pelos atletas.
“Temos jogos nos extremos do estado, e por isso, preferimos
a primeira divisão, que terá turno único”.
A última vez em que Londrina teve representantes na primeira
divisão do futsal paranaense foi em 2011. No ano seguinte, o Colégio
Londrinense fez uma parceria com o São Paulo, decidindo disputar o Campeonato
Paulista e a Liga Nacional.
A Série Ouro começa no próximo dia 15. A tabela deve ser
divulgada nos próximos dias pela Federação Paranaense de Futebol de Salão
(FPFS).
Convite
A vaga na elite veio após a saída da equipe de Assaí,
providencialmente socorrida pela Unifil no campeonato passado.
Os meninos da categoria sub-20, que haviam disputado a Série
Bronze – apesar da boa campanha, a equipe foi eliminada –, foram chamados a
disputar aquelas que poderiam ser as últimas três partidas de Assaí na Série
Prata.
“A três rodadas do fim a equipe só conseguiu manter quatro
jogadores no plantel. Não dava nem para formar um time”, lembrou Júlio
Brevilheri, supervisor esportivo da Unifil.
“Nós chegamos lá com jogadores, comissão técnica e
patrocínio e vencemos nosso rival direto na primeira partida, o então primeiro
colocado na segunda e garantimos a vaga na segunda fase com mais uma vitória.
Avançamos até as quartas de final, o que deu a vaga na Série Ouro ao Assaí”,
disse.
Veio então o convite para disputar a Série Ouro por Assaí,
apontou Brevilheri. Mas a vontade de representar Londrina falou mais alto,
mesmo que em uma divisão mais baixa.
“Já que íamos investir dinheiro, pelo menos que fosse em um
time de Londrina, para jogar em Londrina, perto da nossa torcida”, declarou.
Experiência e juventude
A base do time é a mesma que jogou a Série Prata do ano
passado, mas o diferencial, aponta Brevilheri, são os meninos da base.
Além dos cerca de oito profissionais a serem mantidos entre
os titulares, a “molecada” promete dar um gás extra nos jogos.
“O ritmo de jogo mudou muito no futsal e é impossível se
manter um atleta jogando um tempo inteiro sem sair de quadra, a não ser o
goleiro. É preciso ter um bom elenco, que permita trocas rápidas sem perda de
qualidade. Os jogadores entram, dão 110% durante três, cinco minutos, e voltam
para o banco para respirar. Quem entra precisa manter o ritmo, e dar mais 110%
durante outros cinco minutos”, avaliou.