
O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) cumpre, desde o final da tarde desta segunda-feira (16), pelo menos
cinco mandados de prisão em Londrina, Curitiba e Cambé. Até as 22h15, quatro
deles haviam sido cumpridos.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina revelou
que as prisões desta segunda-feira fazem parte de uma terceira vertente das
investigações que tiveram início em janeiro após a prisão do auditor fiscal
Luiz Antônio de Souza.
De lá para cá, o Ministério Público (MP) apresentou diversas
denúncias contra os suspeitos de integrarem o esquema de exploração sexual e
iniciou, ainda, apuração envolvendo um suposto enriquecimento ilícito de
auditores da Receita Estadual em Londrina.
A terceira vertente, conforme a promotoria, envolve supostos
danos ao patrimônio do Governo do Estado. Um dos mandados de busca e apreensão
foi cumprido em uma oficina mecânica de Cambé, que segundo informações apuradas
pela reportagem presta serviços a órgãos estaduais.
O proprietário do Providence Auto Center, Ismar Ieger, foi
preso preventivamente e encaminhado ao Gaeco na noite desta segunda-feira. A
prisão foi decretada pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano
Nanuncio, após pedido do Ministério Público.
As investigações começaram há cerca quatro meses e pretendem
apurar se houve superfaturamento nos serviços prestados pela oficina ao Governo
do Estado.
Em dezembro do ano passado, a empresa firmou um contrato
emergencial no valor de R$ 1,5 milhão por seis meses.
Também foi preso, mas em Curitiba, Luiz Abi, primo do
ex-governador José Richa, pai do atual governador Beto Richa (PSDB). A sua
chegada a Londrina é esperada para as 23h desta segunda-feira.
O MP ainda não informou qual seria o seu envolvimento no
esquema.
Por volta das 20h, chegou ao Gaeco o empresário Roberto
Tsuneda, proprietário da KLM Brasil Indústria Eletrônica, de Cambé.
Ele também foi detido preventivamente para que o Ministério
Público apure irregularidades nos contratos entre a sua empresa e o Governo do
Estado.
O quarto detido é o advogado José Carlos Lucca, de Londrina.
Seu grau de envolvimento nos crimes investigados não foi divulgado pelo Ministério
Público.
(com informações do repórter Vitor Ogawa, da Folha de
Londrina)
Comentário do Blog:
O DETO, Departamento que cuida da situação dos veículos do
estado, foi onde trabalhou por um determinado período o prefeito de Assaí Luiz
Alberto Vicente.
Em conversa por telefone na manhã desta terça-feira (17),
ele informou que nesse período LICITOU a compra de 1.200 veículos para o estado
e após ser eleito prefeito foi convidado pelo governo para auxiliar na compra
de mais 1.300 veículos para que a LICITAÇÃO não tivesse nenhum tipo de
questionamento no futuro.
Portanto, segundo Mestiço "nunca existiu nenhum indicio
de irregularidades na sua passagem pelo Governo do Estado".