A medida cautelar foi apresentada pelo Ministério Público
(MP) do Paraná quando denunciou o tucano no TJ, há quase dois meses, por
supostamente liderar uma organização para desviar dinheiro público.
Outras 39 pessoas, entre familiares de Adir, secretários
municipais e vereadores foram denunciadas na Justiça local, depois da deflagração
da Operação Sucupira, no começo do mês de agosto.
Conforme o relator do caso no TJ, o juiz substituto de
segundo grau Márcio José Tokars, "por ora não é possível afirmar que de
fato o representado esteja à frente de todas as condutas praticadas pelos
envolvidos".
No pedido cautelar, o MP falou sobre supostas ameaças que
testemunhas, o promotor Marcelo Salomão Czelusniak e até o juiz de São
Jerônimo, Paulo Fabrício Camargo, teriam sofrido a partir de integrantes do
grupo do prefeito.
Para o TJ, porém, existe "somente a menção de que uma e
outra pessoa teria conhecimento acerca da realização de ameaças por parte do
prefeito".
Quanto a separação criminal, para manter os primeiros
denunciados respondendo na Justiça de primeiro grau, enquanto que o prefeito,
pelo foro privilegiado, responde diretamente no TJ, Tokars escreveu que, por
enquanto, não se pode falar "em individualização da conduta praticada pelo
mesmo até o eventual recebimento da denúncia".
Para o promotor Cláudio Esteves, "fica preocupante a
situação da instrução criminal e até da cidade com a permanência dele (Adir) no
cargo de prefeito, porque o Ministério Público entende que os fatos narrados
são muito graves".
Ele informou que o MP estuda que medidas poderá tomar
"para conseguir o cumprimento das cautelares".
Fonte: Folha de Londrina