O tucano, que está licenciado do cargo há mais de 40 dias,
desde que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
deflagrou a operação Sucupira na cidade, foi denunciado no Tribunal de Justiça
(TJ) do Paraná como suposto líder de "organização criminosa", que
teria desviado dinheiro público da prefeitura.
A denúncia contra Adir, por infração
político-administrativa, foi protocolada na Casa pelo servidor municipal Ademir
Proença e levada ao plenário para votação pelo vereador Marcelo Scerbo (PMDB).
De acordo com a assessora da presidência da Câmara, Diane
Fernanda Barbosa Rodrigues, "o regimento interno permite que qualquer
cidadão faça a denúncia, mas deve ser endossada por um vereador".
Marcelo fica impedido de votar questões envolvendo a CP e o
suplente dele, Haildo Martins (PMDB), foi convocado na terça-feira.
Reunião Câmara de SJS |
Embora a denúncia popular contra Adir estivesse protocolada
há mais de duas semanas, Alfredo justificou a demora para levá-la a plenário.
"Demorou porque a gente queria fazer da melhor maneira, sem erros."
Ele informou que deve ser concretizada hoje a contratação,
por dispensa de licitação, de assessoria jurídica para a CP.
Vão atuar na investigação os vereadores Alcidio Gabriel
(PPL), como presidente; Sidney Navarro (PT), como relator; e José da Silva
(PTB), como membro.
O advogado Maurício Carneiro e o prefeito Adir estavam na
sessão de terça-feira, "mas a defesa foi impedida de se manifestar".
Carneiro pediu a palavra, mas a presidência negou. "A
CP começa marcada por violar o direito de defesa. Eu iria suscitar questão de
ordem, que somente o presidente poderia resolver. É uma investigação de cartas
marcadas."
Alfredo disse que Adir será notificado oficialmente para
apresentar defesa durante a investigação.
Fonte: Folha de Londrina