quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) alerta os produtores e criadores de bovídeos (bovinos e bubalinos) que termina nesse dia 30 de novembro o prazo para vacinar os animais contra a febre aftosa.
Esta é a segunda etapa anual da campanha de vacinação contra a aftosa, devem ser vacinados os animais de todas as idades, inclusive os bezerros com poucos dias de vida. A Secretaria da Agricultura distribuiu cerca de 10 mil doses de vacinas em todo o Estado do Paraná.

Para comprovar a vacinação, o produtor deve ir até uma unidade veterinária da Secretaria local, levando a nota fiscal da compra da vacina e duas vias do comprovante de vacinação, emitidas no ato da compra nas casas agropecuárias.

Os proprietários que não imunizarem o rebanho estarão sujeitos à multa de R$ 96,09 por animal não vacinado no estado do Paraná.

A comprovação é uma exigência da Defesa Sanitária Animal, com o objetivo de manter atualizado o cadastro do rebanho de bovinos e bubalinos. O balanço final da campanha será divulgado após a conclusão desse trabalho.

De acordo com Walter Ribeirete, da Secretaria de Agricultura, o clima colaborou e a venda de vacinas no comércio foi normal, o que permite supor que muitos produtores vacinaram os animais, mas ainda não apresentaram os comprovantes.

Diz ainda que, os benefícios obtidos com a erradicação da doença são enormes, quando se contabilizam os lucros financeiros que serão obtidos pela eliminação da doença, como a manutenção do índice de boa produtividade pela eliminação das perdas de carne e leite.

Existem locais como áreas indígenas e periferias das cidades onde rebanhos ficam soltos em locais soltos, ou de difícil acesso, a secretaria disponibilizou cerca de 10 mil doses de vacinas para o estado.

O Ministério da Agricultura espera que aproximadamente 200 milhões de animais sejam vacinados nesta segunda etapa da campanha contra a febre aftosa.

A primeira fase da vacinação o Estado do Paraná atingiu sua meta, na qual foi realizada no mês de maio.

Ainda de acordo com o Ministério no ano de 2010, o índice de cobertura vacinal dos animais brasileiros foi de 97,4%, o que representa a aplicação de 324,2 milhões de doses de vacinas em bovinos e búfalos. O último foco no Brasil foi detectado em 2006, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

O principal cliente da carne nacional é o brasileiro - entre 75% a 80% do que é produzido no país é consumido internamente. Mesmo assim, o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando seu produto para mais de 139 destinos.

Box

A febre aftosa é uma doença viral extremamente contagiosa que afeta principalmente bovinos e bubalinos, mas também pode atingir ovinos, caprinos, cervídeos entre outros. É caracterizado pela formação de vesículas e ulceras na mucosa oral e nasal, na teta e entre os cascos. A doença é causada por um vírus que se dissemina rapidamente pelo meio ambiente, através do contato com objetos e animais infectados.
O animal infectado libera o vírus em seu suor, sangue, urina, fezes, sêmen, leite e nas feridas provocadas pela doença. Como é resistente, se espalha com bastante facilidade.

Mesmo não sendo uma zoonose, causa grandes perdas produtivas diretas, além de ser motivo de embargos comerciais por países livres da enfermidade. A principal forma de prevenção da doença é por meio da vacinação dos animais, o que controla a disseminação e auxilia na contenção de uma possível ocorrência sanitária.

A preocupação do governo paranaense é que possa ocorrer desvio de gado do Paraguai para o Brasil, passando pela Argentina. O Paraguai descobriu foco de febre aftosa no mês de setembro.


Por: Glória Custódio