Manifestantes ocuparam o plenário da Assembléia Legislativa do Paraná na tarde desta segunda-feira (5), com o intuito de impedir a votação do projeto de lei nº 915/2011, que estabelece parceria entre o governo do estado e as chamadas Organizações Sociais (OSs) para gerenciar serviços públicos, a começar pela área da saúde.
A sessão plenária foi interrompida por duas horas pelo presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), que resolveu colocar em votação as matérias da Ordem do Dia e derrubar os discursos por conta das manifestações contrárias e dos gritos de guerra do povo nas galerias.
Audiência pública
A deputada citou alguns dos pontos em que o projeto das OSs bate de frente com a Constituição do Estado do Paraná: “Art. 39. É vedada a contratação de serviços de terceiros para a realização de atividades que possam ser regularmente exercidas por servidores públicos, bem como para cobrança de débitos tributários do Estado e dos Municípios” e “Art. 43. É vedada a cessão de servidores públicos da administração direta ou indireta do Estado à empresas ou entidades privadas”.
“A lógica da prestação de serviços na iniciativa privada é baseada no lucro e na rentabilidade. O estado será obrigado a cumprir à risca o que for estabelecido em contrato e, em se tratando de saúde, é preciso ter bom senso. O que vai acontecer quando alguém necessitar de atendimento, de uma cirurgia excedente ao limite estabelecido em contrato?”, perguntou Luciana.