
"Nas últimas semanas, eu fui alvo de ataques de todos
os tipos, mas agora passaram do limite. Pegaram um criminoso, réu confesso,
preso por abuso de menores, para me acusar sem nenhuma prova, coisa de
bandido", disse Richa.
O auditor disse ao Ministério Público, em delação premiada,
que a campanha de Richa recebeu cerca de R$ 2 milhões desviados do Estado.
Souza e outros 14 auditores são acusados de cobrar propina de empresários e, em
troca, reduzir ou até anular dívidas tributárias de empresas.
"O meu governo está sofrendo uma campanha orquestrada,
mas o Paraná não é bobo, sabe que há muitos interesses, principalmente
políticos, tentando fazer um jogo sujo. Querem desviar o foco de problemas
maiores, inventando acusações falsas", disse Richa.
'Guerra suja'
Na mensagem, Beto Richa tranquilizou os paranaenses: "o
Brasil vive a pior crise econômica dos últimos tempos, mas nós aqui seremos
parte da solução. O governo não vai ficar de braços cruzados. A nossa resposta
será trabalhar mais e melhor para que a crise do Brasil não engula o Paraná,
que é terra de gente séria e trabalhadora".
"Nós vamos enfrentar essa guerra suja com determinação,
com a verdade e com respeito aos paranaenses. O Paraná não aceita
baixaria".
O secretário-geral do PSDB no Paraná, deputado Ademar
Traiano, afirmou que as declarações do auditor não merecem credibilidade.
"Parece estratégia da defesa para tentar a redução de
pena de um cidadão que roubou do Estado e que ataca a honra do governador. A
arrecadação da campanha foi feita dentro dos preceitos legais e aprovada pela
Justiça."
Contas aprovadas
Traiano, que também preside a Assembleia Legislativa, disse
que o governo de Richa está sendo alvo de campanha liderada pelo PT.
"Eles estão buscando a desconstrução de governos de
oposição para tirar a atenção sobre escândalos do governo federal."
O PSDB-PR, em nota, refutou "de forma veemente as
declarações" do auditor. "O partido ressalta ainda que todas as
doações recebidas pelo partido na campanha eleitoral de 2014 ocorreram dentro
da legalidade, sendo registradas e atestadas pelo Comitê Financeiro. As contas
foram apresentadas e aprovadas integralmente pela Justiça Eleitoral”.
O presidente da JPSB, Edson Lau Filho, também aponta o que
chama de "incongruências" no relato do auditor. "A primeira é
que o esquema funciona, segundo a delação, desde 2005 e estranhamente
pretende-se envolver somente o atual governo", questiona.
Segundo Lau Fillho, está nas palavras do promotor Jorge
Barreto da Costa que diz o seguinte: “O que está na delação é uma das provas
que precisa, obviamente, ser comprovada, ser corroborada por diligências, por
outras investigações que já estão em andamento no Gaeco”.
"Por que expor o governador se o próprio Gaeco confirma
que há diligências e investigações em curso que precisam ser
comprovadas?", pergunta Lau Filho.
Guilherme Dala Barba
Assessoria de Imprensa – PSDB-PR