O dia de ontem (8) foi marcado por protesto e comemorações
por parte dos servidores estaduais com a saída de Fernando Francischini do
cargo de secretário de Segurança Pública.
Em Londrina, logo pela manhã, cerca de dois mil manifestantes
desceram em passeata o Calçadão Central, segurando cartazes e entoando hinos
contra o governo do Paraná.
Em Curitiba, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Paraná (APP/Sindicato) avaliou os avanços na conversa com a nova
secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin.
O governo do Estado não divulgou o resultado da reunião de
quinta-feira à noite entre as pastas da Educação, Fazenda, Administração e Casa
Civil sobre o reajuste salarial dos servidores.
A divulgação do índice é aguardada principalmente pelos
professores e funcionários das escolas públicas do Estado, em greve desde 25 de
abril.
O presidente do APP/Sindicato, Hermes Silva Leão, disse
ontem que a Secretaria Estadual de Educação (Seed) não entrou em contato para
tentar antecipar a próxima rodada de negociação, marcada para a próxima
terça-feira.
O sindicalista afirmou que a categoria está mobilizada para
marcar uma assembleia assim que o governo divulgue oficialmente o índice de
reajuste. O impasse é que o governo não sinalizou com a reposição da inflação
dos últimos 12 meses, em torno de 8,4%.
A secretária de Finanças do sindicato, Marlei Fernandes de
Carvalho, informou que ontem foi um dia avaliativo e de preparação das próximas
ações.
Segundo ela, apesar de ainda não receberem respostas, os
professores perceberam um pequeno avanço nas negociações com a nova secretária
de Educação.
"Foi um contato de aproximação e retomada. Ela se
comprometeu de encaminhar a pauta da Educação ao governo, o que o secretário
anterior se recusava a fazer", disse.
Além do reajuste, entre os principais itens de reivindicação
estão a lei da data-base, porte de escola, abertura de concurso públicos,
enquadramento dos aposentados, ampliação da hora atividade e incorporação do
auxílio transporte.
Marlei também expôs a comemoração da categoria com a
demissão de Francischini. "Foi o mínimo que nós esperávamos, pois ele não
tinha condições políticas, morais nem éticas para permanecer no cargo. Este 29
de abril não será esquecido nunca", frisou.
Ela adiantou que terça-feira os professores devem se
concentrar no Centro Cívico durante nova reunião do governo. "Estamos à
disposição para voltarmos a nos reunir a qualquer momento, se houver de fato
novidade em atendimento a nossa pauta. Continuamos firmes e fortes, a greve
continua, continuamos mobilizados e aguardaremos esta posição do governo",
pontuou Marlei.