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VEREADORES - Sem salário, vereadores de Colombo (PR) ameaçam greve de fome
Com aval do Cartório Eleitoral, Câmara empossou 21 vereadores. A Justiça Comum reduziu para 13 vagas e todos ficam sem salário até resolver o imbróglio.
Os 21 vereadores empossados na Câmara de Colombo, município
na região metropolitana de Curitiba, não viram a cor do primeiro salário, no
último dia 25 de janeiro. Os parlamentares colombenses e seus assessores – são
dois por gabinete – estariam matando cachorro a grito, revelou ao blog um
pastor evangélico. “Eles estão pensando até em fazer greve de fome”, disse o
religioso, que foi procurado por uma comissão de vereadores.
Eu explico essa nova confusão em Colombo. A juíza Letícia
Portes, da comarca local, atendendo uma ação popular, reduziu de 21 para 13
vereadores na Câmara. Isso porque, de acordo com a decisão judicial, a votação
que elevou o número de cadeiras no legislativo estava cheio de irregularidades
insanáveis. Mesmo assim, o juiz eleitoral da cidade, Luiz Fernando Keppen,
resolveu diplomar e a Câmara empossou a moçada. No entanto, na última sexta-feira
(1º), o Tribunal de Justiça do Paraná rejeitou recurso dos vereadores José
Renato “Pelé” Strapasson (PTB) e Waldirlei Bueno (PMDB). Confirmado apenas 13
vagas, os dois vereadores também ficam de fora da Câmara.
O salário mensal de cada vereador em Colombo é de R$ 10,5
mil. Cada gabinete tem direito a dois assessores com salário médio mensal de R$
2,2 mil. Logo, cada parlamentar custa cerca de R$ 15 mil só em salários. Sem
falar em outras despesas como água, luz, telefone, correio, etc.
Pois bem, o presidente da Câmara, Sérgio Pinheiro (PRP), não
quer pagar o salário dos vereadores por duas questões: 1- Se pagar para 21
corre o risco de cometer improbidade administrativa e 2- Se pagar somente para
13 admite que o tamanho da Casa é esse. Portanto, se correr o bicho pega se
ficar o bicho come.
No meio desse tiroteio também está aquele vereador que
trabalha, come, mora, tem família, enfim, que precisa honrar seus compromissos.
Diante do impasse, alguns, conforme relato do pastor evangélico, estão pensando
entrar em greve de fome contra o não pagamento de salário e contra a decisão da
Justiça. “Fome alguns vereadores já estão passando, só falta decretar a greve”,
observa o religioso.
“Tem vereador até ameaçando se acorrentar ao prédio da
Comarca da Justiça”, completa o pastor.
P.S. Este blog apoia a greve de fome dos vereadores.
Fonte: Blog do Esmael