O Grupo de Atuações Especial de Repressão ao Crime
Organizado (Gaeco), braço policial do Ministério Público do Paraná, deflagrou
ontem (11) a Operação Quadro Negro, que levou à prisão oito pessoas, dentre as
quais o ex-prefeito da Lapa Paulo Furiati (PMDB).
O Gaeco acredita que o esquema de fraudes em licitações na
área educacional é mais profundo do que se imagina. O órgão estuda, inclusive,
passar um “pente fino” em todos os contratos firmados entre empresas de
consultorias e as 399 secretarias municipais de Educação do Paraná.
Contratos de consultorias com a Secretaria de Estado da
Educação (SEED) também poderão ser alvos de investigação do Gaeco.
O Gaeco aponta que concorrências eram forjadas e a licitação
era direcionada a essas empresas, a preços acima dos praticados no mercado.
Segundo as investigações, os serviços eram desnecessários ou sequer eram, de
fato, prestados.
Um dos esquemas investigados pela Operação Quadro Negro
consiste na simulação de licitação, onde uma mesma empresa apresenta três
orçamentos “laranjas”.
“A indicação é de que o esquema partia dos empresários, que
chegam às prefeituras e ofereciam os projetos”, revela o coordenador do Gaeco
do Paraná, promotor Leonir Batisti.
Além do Paraná, o esquema de fraudes na Educação tem
ramificações nos estados Minas Gerais, Distrito Federal e Santa Catarina.
Fonte: Blog do Esmael