A bola foi levantada pela primeira vez pelo senador
paranaense Roberto Requião (PMDB), em entrevista ao portal Brasil 247, no
último final de semana, quando afirmou que “se José Dirceu fosse preso, como
pedia a velha mídia, o ministro Joaquim Barbosa seria expulso do Supremo
Tribunal Federal (STF)”.
É sabido por todos que o ministro Barbosa “amarelou” e ao
não decretar a prisão do petista. A direitona ficou decepcionada com o recuo de
seu “super-herói”.
Se mandasse prender Dirceu, explica Requião, “o STF estaria
contrariando manifestação conhecida do plenário e as garantias
constitucionais”.
Pois bem, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral
da República, revelou em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!,
que outro ministro do STF, Luiz Fux, em campanha pela sua nomeação à Corte,
“sem que eu falasse nada, ele falou para mim o que tinha falado para os outros:
que ele tinha estudado o processo [do mensalão], que não tinha prova nenhuma,
que era sem fundamento e que ele tomaria uma posição muito clara”.
Depois de alçado ao cargo com ajuda de petistas, Fux mudou
de posição. Ele converteu-se em um dos mais duros ministros nos votos
pró-condenação. Fez média com os holofotes em detrimento de um julgamento que
deveria ser técnico. Afinal, recordemos, ele havia dito que “tinha estudado o
processo, que não tinha prova nenhuma…”.
A prerrogativa de aprovar os nomes do STF é exclusiva do
Congresso, embora a indicação seja da Presidência da República.
O STF quer fazer política substituindo, inclusive, o papel
de legislar do parlamento brasileiro, como lembrou Requião. Portanto, fica a
pergunta: não chegou a hora de se discutir a possibilidade de impeachment na
Suprema Corte? Com a palavra o Congresso Nacional.
Fonte: Blog do Esmael