domingo, 10 de abril de 2011

Brasília: Um Oásis em meio ao serrado

Por: Glória Custódio

Quem nunca foi até lá como será que imaginam ser a capital de todos os brasileiros? Pois é, eu acadêmica de jornalismo também estava entre as milhares de pessoas que ainda não conhecia a “ilha da fantasia”, chamado de Brasília.

Logo na entrada da tão falada capital a ostentação do glamour dos luxuosos condomínios, com suas mansões. Não vimos casas de pessoas humildes, de trabalhadores que levantam cedo e correm para obter o sustento de suas famílias. Mas é notório dizer que, quando chegamos por volta das 6:30 da manhã, vários ônibus estavam passando por nós levando os guerreiros trabalhadores que moram nas cidades satélites, para trabalharem na capital de todos os brasileiros.

É a única cidade construída no século XX classificada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Porém, é muito mais do que um patrimônio histórico ou um marco arquitetônico. Tem construções magníficas, belos prédios e a arte está presente em todos os lugares. É uma cidade única, viva e amada pela maioria dos seus habitantes. Brasília é uma capital que foi pensada, desenhada, sonhada e erguida pelas mãos de brasilienses.

Para passar para o papel o pensamento de JK, Oscar Niemeyer; simplesmente um gênio das linhas, retas, curvas, e Lúcio Costa, o concretizador do sonho. Sem eles, a capital não sairia do papel. Sem eles e sem muita, mas muita gente mesmo, de todas as partes desse Brasilzão. Todos se encontrando para debaixo de sol e chuva, botarem de pé aquela loucura planejada. E daí pra frente, o povo se encarregou de dar cara de cidade àquela nova terra cheia de esperança.

O que se passa pela nossa cabeça ao chegar nesse oásis pela primeira vez é de que, no meio do nada, uma cidade diferente de qualquer outra, bonita como nenhuma outra, feita por gente de verdade, como qualquer outra. O Congresso Nacional fica localizado em meio a uma “bacia”, e nos dois lados opostos ficam os ministérios, onde todas as decisões e leis a serem aprovadas “escorregam” para apreciação dos nobres deputados federais e senadores da república. Ali todas nossas direções são determinadas e lançadas para que todos os brasileiros possam cumprir; querendo ou não a decisão foi tomada.

A capital federal sofre uma injustiça de certa forma justificada por senhores de terno, gravata e colarinho branco que, sem um pingo de vergonha, fazem de Brasília os seus grandes caixas eletrônicos. Alguns sinônimos de Brasília: falcatrua, roubalheira, pizza, corrupção.

Brasília, patrimônio histórico e cultural da humanidade reconhecida pela UNESCO construída para ser a eterna capital que no projeto inicial era para ser vitrine e exemplo para o resto do Brasil, ascende o sinal amarelo de alerta porque está perdendo o rumo. Aos 50 anos a cidade tem números alarmantes que podem ser comparados á cidades mais antigas e com uma população bem maior: especulação imobiliária, maus políticos eleito pelo povo brasileiro que vem morar em Brasília e a falta de amor e de compromisso de muitos cidadãos com o futuro da cidade

"Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro de altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino." Esta foi a frase dita por Juscelino Kubitschek quando pisou pela primeira vez na região em que, ano mais tarde, viria a ser a capital do país.

Alguns pontos turísticos que vale a pena visitar por todos são: a Praça dos Três Poderes; os edifícios governamentais - o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal; os monumentos Panteão da Liberdade e o Mastro da Bandeira; a Catedral - desenhada por Oscar Niemeyer.

A luta dos cidadãos brasilienses é para que o resto do país deixe de enxergar a sua cidade como antro de desonestidade. A maioria não merece pagar pelos erros - muitos erros, por sinal - de meia dúzia de ratos. Brasília é a capital do Brasil, mas, acima de tudo, é a capital dos brasileiros.