terça-feira, 28 de junho de 2016

Professores da rede estadual ameaçam greve

Educadores cruzarão os braços por 24 horas por conta de atraso no pagamento de promoções e progressões
Curitiba – Com "estado de greve" aprovado desde o último sábado, os professores da rede estadual do Paraná planejam uma série de mobilizações para as próximas semanas.
Segundo a secretária de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (APP-Sindicato), Marlei Fernandes, os educadores cruzarão os braços por 24 horas no dia 30 de agosto, data em que, há 28 anos, a categoria foi fortemente reprimida por policiais militares.
A previsão é que ocorra mobilizações em 12 regiões do Estado. "A partir de então, não avançando a negociação, faremos a greve geral", contou.
Os profissionais reclamam do atraso no pagamento de promoções e progressões. Conforme a entidade, o governo deve, até o momento, R$ 262 milhões para o conjunto de trabalhadores.
Deste montante, R$102 milhões dizem respeito a débitos com os funcionários e quase R$ 160 milhões com os professores.
De acordo com Marlei, o Executivo ainda não apresentou uma proposta concreta.
"Sabemos das dificuldades de se fazer uma greve, mas o que não podemos admitir é que o governo encerre o ano com mais de R$ 500 milhões em dívidas com a nossa categoria".
A secretária da Educação, Ana Seres, reconhece os números, entretanto, argumenta que, devido à crise financeira nacional, só será possível honrar todos os compromissos no início de 2017.
"Na quinta-feira, tivemos uma reunião com vários dirigentes do sindicato, onde mostramos as receitas do Estado, as dificuldades e os avanços. O Paraná foi um dos poucos que deu reajuste salarial, está pagando a folha em dia e tem a projeção de implantar (as promoções e progressões) até janeiro."
Ela disse ainda que segue dialogando com a APP, pois a comunidade escolar não deseja uma nova paralisação. "O prejuízo pedagógico (com a greve de 2015) foi muito sério", opinou.
Fonte: Folha de Londrina