Vítimas de crimes sexuais, testemunhas e o fotógrafo e
ex-assessor da Casa Civil do Paraná Marcelo Caramori deram novas declarações e
detalhes que ajudaram na investigação conduzida pelo grupo desde janeiro em
parceria com a 6ª Vara Criminal de Londrina.
O Gaeco e a promotoria apuram crimes ligados a uma suposta
rede de exploração sexual de adolescentes.
Caramori foi conduzido da Penitenciária Estadual de Londrina
2 (PEL 2) até o Ministério Público, onde permaneceu por aproximadamente quatro
horas.
Ao deixar o local, ele encobriu o rosto e preferiu não falar
com a imprensa. O advogado Leonardo Vianna informou que Caramori está
contribuindo com a apuração dos fatos e deve prestar novo depoimento na
segunda-feira.
"Ele foi chamado para dar esclarecimentos em relação à
conduta dele. Tudo aquilo que interessar à Justiça e ao Gaeco ele vai,
oportunamente, esclarecer. Ele quer contribuir", revelou.
Quando questionado sobre a possibilidade de um novo acordo
de delação premiada, o advogado informou apenas que as negociações estão em
andamento.
A suposta aliciadora
Carla de Jesus, que acertou um acordo, obteve liberdade provisória e deixou a
prisão nesta semana.
A promotora da 6ª Vara Criminal de Londrina, Susana de
Lacerda, não descartou a possibilidade de estabelecer um novo acordo com o
fotógrafo.
"Ouvimos novas vítimas, novas pessoas, estamos
retomando alguns depoimentos, em razão das vítimas estarem envolvidas com outros
usuários e outros aliciadores. Pessoas que não haviam surgido no início das
investigações surgem agora", declarou.
O Ministério Público deve oferecer três novas denúncias até
segunda-feira. Sete inquéritos já foram concluídos pelo Gaeco.
O auditor da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza, o
ex-delegado regional da Receita Estadual de Londrina José Luiz Favoreto Pereira
e o investigador da Polícia Civil Jefferson Pereira dos Santos permanecem
presos.
Fonte: Folha de Londrina
Fonte: Folha de Londrina