Quase 20 dias depois do aumento anual praticado pelas
concessionárias de pedágio no Paraná, que majorou as tarifas em 4,8%, os preços
das três praças da Concessionária Econorte terão novo aumento, desta vez de
8,2%, a partir da zero hora de amanhã.
A empresa divulgou ontem, por meio da assessoria de
imprensa, apenas os valores para a categoria 1, que engloba automóveis,
caminhonetes e furgões, passarão de R$ 14,20 para R$ 16,10 em Jataizinho, de
13,10 para R$ 14,80 em Jacarezinho e R$ 12,20 de R$ 13,80 em Sertaneja.
Segundo o comunicado da empresa, o reajuste foi autorizado
pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná "para ajustar desequilíbrios
contratuais existentes desde 2002, ano do último aditivo contratual".
O diretor regional da Associação Brasileira de
Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse que esses
valores "só não foram incorporados no início do mês porque havia uma
liminar concedida ao Ministério Público Federal (MPF) impedindo (o
reajuste)".
Para o MPF, não poderia haver aumento sem a anuência do
Ministério dos Transportes. "Mas a Justiça entendeu que havendo acordo com
os órgãos estaduais, como é o caso do aditivo, não há problema", completou
Chiminazzo.
A reportagem procurou o DER, mas já não havia mais ninguém
no departamento quando o "reequilíbrio" foi divulgado, ontem.
Uma nota na página do órgão na internet informava que o
aditivo foi formalizado pelo Estado e que o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4), autorizou a aplicação nas tarifas da Econorte, "para
reequilibrar o contrato original de 1997, que teve alterações em 2000 e foi
sucessivamente modificado, com retiradas de obras e de serviços".
Para justificar o aumento, Chiminazzo listou, entre as
"novas obras" feitas pela empresa além do contrato original, as
intervenções na PR-445, na região de Londrina, como a duplicação de 5,5 km até
a empresa Sandoz e a construção da passarela para pedestres em frente ao Parque
de Exposições Governador Ney Braga.
O diretor da ABCR negou que o pedágio no Paraná seja o mais
caro do País. "Não é o mais caro, pois o Paraná está em quarto lugar. Tem
que se levar em conta a tarifa quilométrica, porque se temos menos praças, as
tarifas acabam sendo mais altas."
Fonte: Folha de Londrina