Após o segundo aumento da tarifa em menos de 20 dias, os
moradores do município de Assaí, na Região Metropolitana de Londrina, vão
realizar um protesto na praça de pedágio da concessionária Econorte em
Jataizinho nesta segunda-feira (22), às 17h.
Cerca de 300 pessoas já confirmaram a presença na
manifestação. Moradores de São Sebastião da Amoreira e de Uraí também vão
participar do protesto.
A partir desta sexta-feira (19), os motoristas passam a
pagar a tarifa de R$ 16,10. A decisão é do desembargador Carlos Eduardo
Thompson Flores Lenz, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que autorizou
o reajuste de 8,24%.
No dia 1º dezembro, o preço já havia subido como previsto
anualmente no contrato das concessionárias no Estado do Paraná.
O vereador Diego Viana (Pros), organizador da manifestação,
afirmou que o município depende da cidade de Londrina, principalmente nas áreas
de educação, saúde e comércio.
"Assaí fica aproximadamente 45 km de Londrina, no
entanto para utilizar o trecho de 18 km, sob responsabilidade da Econorte, o
morador vai gastar R$ 32,00 de pedágio na ida e volta. É abusivo",
disparou.
Para Viana, o pedágio influencia no preço pago pelos
consumidores em produtos vendidos em Assaí, já que os comerciantes da cidade
realizam as compras em atacadista em Londrina. "Esse alto custo pela
viagem é repassado ao consumidor", ressaltou.
Além disso, cerca de 1,5 mil estudantes da região, sendo
aproximadamente 800 do município de Assaí estudam em Londrina. "O pedágio
também encarece os gastos das famílias com a educação. Atualmente, Mais de 20
vans e cinco ônibus vão para Londrina, diariamente, com estudantes da
cidade", informou.
Na área da saúde, o vereador lembrou que os hospitais de
Londrina são as principais referências do Norte do Paraná. "O paciente é
encaminhado e a família precisa pagar pedágio para visitar o parente
hospitalizado", criticou.
Os manifestantes prometem um protesto pacífico com a
abertura das cancelas em período acordado com a Polícia Rodoviária Federal e a
concessionária. "O novo aumento caiu como uma bomba na cidade. Já era
esperado, mas não tão rápido. Começamos a pagar uma nova tarifa no início deste
mês", recordou.