A amizade com o presidente do Banco do Brasil, Aldemir
Bendine, teria garantido privilégios à apresentadora Val Marchiori.
Reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, na
edição desta terça-feira (21), mostra que Marchiori conseguiu um empréstimo de
R$ 2,7 milhões com o banco.
A operação teria sido feita sob medida à apresentadora mesmo
ela não atendendo "garantias mínimas" para o financiamento.
Segundo a Folha de São Paulo, o empréstimo ainda driblou
regras internas do BB e do BNDES. O crédito feito em nome da Torke
Empreendimento foi usado na compra de caminhões.
O dinheiro foi repassado pelo BB a partir de uma linha do
BNDES com juros de 4% ao ano.
A reportagem indica que os caminhões foram sublocados para a
Veloz Empreendimentos, que é do irmão de Val, Adelino Marchiori.
Uma cláusula de onde saíram os recursos impede cessão ou
transferência dos direitos e obrigação do crédito sem a autorização do BNDES.
A Folha de São Paulo destacou a proximidade entre a
apresentadora e o presidente do BB. Um motorista disse à reportagem ter ido
buscar Marchiori muitas vezes em São Paulo a pedido de Bendine.
Outro e-mail que a publicação teve acesso mostra perguntas
da apresentadora ao presidente do BB sobre um outro financiamento do banco,
para a empresa do marido, Evaldo Ulinski.
A análise de risco do Banco do Brasil apontou que Val
Marchiori não tinha como comprovar receita compatível com o empréstimo.
A apresentadora tinha ainda restrição de crédito por não ter
pago empréstimo anterior ao BB.
Aldemir Bendine negou ter participado da concessão do
financiamento.