terça-feira, 16 de setembro de 2014

Prefeito de Sertanópolis acusa servidor de agressão

A Polícia Civil de Sertanópolis (Região Metropolitana de Londrina) abriu inquérito ontem para apurar o crime de lesão corporal contra o prefeito Tide Balzanelo (PT).
Ele teria sido agredido no começo da tarde, no próprio gabinete, após exonerar do cargo o diretor administrativo Antonio Tavares, que é servidor de carreira do município, mas ocupava o cargo comissionado há cerca de 40 dias.
O petista passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Londrina.
De acordo com o delegado Paulo Gomes, o prefeito foi até a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o servidor, alegando a agressão.
"Ele foi ouvido, instauramos o inquérito e vamos agora ouvir o funcionário que teria praticado o crime, que deve ser apresentado amanhã (hoje) pelo advogado.
"Conforme o delegado, a agressão é crime passível de prisão em flagrante.
O prefeito Tide Balzanelo foi procurado pela reportagem, mas não quis comentar o caso. O advogado dele, Sebastião Ferreira, disse que a prefeitura deve abrir procedimento administrativo que pode resultar na exoneração de Tavares, "que cometeu ato grave como
servidor".
Ferreira afirmou não ter detalhes sobre a discussão entre os dois no gabinete. "De qualquer maneira, não há motivo que justifique um atitude dessa. Não há justificativa para se agredir alguém."
Tavares foi nomeado para o cargo de diretor administrativo da Prefeitura de Sertanópolis no começo do mês de agosto, depois da exoneração de Tércio Neves, que saiu acusando o prefeito de perseguição política.
Junto com Neves, foram demitidos outros quatro comissionados – Romildo Reis (ex-secretário geral), Jefferson Dias (ex-diretor do departamento de agropecuária), Nilson Umbelino (ex-chefe da divisão de meio ambiente) e Elizangela Nogueira (ex-chefe de gabinete) – e todos reclamaram de perseguição política do chefe do Executivo, conforme já mostrou a FOLHA.
Na época, Balzanelo negou perseguição e justificou a medida como "questão de economia".
Questionado se a demissão de Antonio Tavares, ontem, teria motivação política, o advogado do petista disse que "ao prefeito cabe nomear e demitir quem ele entender, na hora que entender ser melhor, é uma prerrogativa dele".
Fonte: Folha de Londrina