segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ASSAÍ - O OLHAR DA TERRA DO SOL NASCENTE DE SUMIE KAYAMORI TANO

Brasil, a esperança de um mundo melhor para todos os imigrantes, que sonhavam na felicidade de ter uma vida melhor...nasci no seio da tradição japonesa  em 1942, ouvindo , que essa terra era abençoada por Deus ...cheguei em Assaí em 1955, com a idéia  de que havia uma árvore verde que dava ouro, percebi que era o café,  um local onde tudo era só terra, muitos trabalhadores  que desejavam dias melhores, lutando na terra, para tirar o sustento. Minha família veio de Chaporã, antiga Bela Vista (SP), com muita vontade de vencer; não havia asfalto, nem energia, tudo era difícil. Meu pai abriu, onde hoje é (a loja Massuda) um comércio de bicicleta... Mais ou menos na época de 1958, a avenida era de chão batido e iniciou a colocação do paralelepípedo, tudo era de madeira, muita escuridão durante a noite, a Igreja Católica era pequena e de madeira, todos marcavam encontro neste lugar, o meio de locomoção era de jardineira, carroção, trator, cavalo, e a maioria das casas eram cobertas de sapê e folha de coqueiro, durante a noite a única claridade era da lua... As compras eram feitas nas Casas Pernambucanas, Buri, Riachuelo, Bazar e Casa de secos e molhados. Só se enxergava caminhões de café e algodão.
A rodoviária nesta época era Avenida Rio de Janeiro, onde hoje e a Emater. Lembro-me de Dna Kazuko Kumagai, quando era diretora da escola.. e o que mais me marcou foi a geada negra de 1975, que “ torrou” tudo que estava na frente, uma lembrança muito triste, de ver as plantações destruídas... Muitas famílias eram Sirios Libaneses, que tinha muita freguesia, aumentavam o comércio. Era venda, quitanda, Casa Sato, Yonegura, Yamada, Banco Comercial do Paraná, livraria Assaí, Banco Noroeste do Estado de São Paulo, Banco do Paraná, Banco do Brasil. Eu era muito feliz, nesta época nesta terra com cinema, atletismo, divertia muito, íamos todos  de caminhão para colher algodão.
Mensagem:
Querido assaiense, hoje estou  com 72 anos, uma mulher feliz, pois estou trabalhando com meus amigos na Teia da Cidadania, tudo  é mais fácil, tem mercado, transporte, lazer,  um povo que quer trabalhar para ganhar seu sustento, com a ajuda de Deus. Vamos lutar pelo bem de nossa cidade contribuir para a sua grandeza, amá-la, pois é uma rica história do chão da Terra do Sol Nascente que só dá frutos bons.