segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Pessuti consegue reintegração de posse do diretório do PMDB

Roger Pereira - Redação Bonde
Um oficial de Justiça esteve na manhã desta segunda-feira na sede do PMDB do Paraná, cumprindo mandado de reintegração de posse do diretório da legenda para os membros da executiva eleitos em 2012 e "destituídos"por reunião de diretório convocada na última sexta-feira por Roberto Requião, cuja legalidade é contestada pelos peemedebistas destituídos: o presidente Osmar Serraglio, o secretário-geral Orlando Pessuti e o terceiro vice-presidente, Reinhold Stephanes Júnior.
Decisão liminar do juiz de plantão José Eduardo de Mello Leitão Salmon, na noite de domingo, concedeu a reintegração em nome Orlando Pessuti, no entendimento do juiz, secretário-geral do partido.
"É a vitória da democracia e o respeito ao estatuto do PMDB. As divergências políticas têm que ser superadas politicamente e não base da invasão, violência e truculência", disse Pessuti, que pediu a reintegração de posse alegando que a sede do partido fora invadida pelos apoiadores de Requião após a reunião do diretório, desrespeitando o luto oficial decretado pelo partido.
Ao retomar posse, Pessuti determinou a substituição das fechaduras do prédio.
"Em 48 anos de história, o PMDB nunca havia sido invadido. Nem durante a ditadura", declarou Pessuti.
O ex-governador diz não haver validade na reunião do diretório e disse que o caminho a ser buscado pro Requião deveria ser o conselho de ética do partido.
"Não tem ninguém fazendo campanha contra ele. Podemos até não estar fazendo campanha a favor, mas não estamos dizendo a ninguém para não votar nele. Mas, se ele entende que estamos fazendo campanha contra, ele deveria acionar o conselho de ética e disciplina do partido, que é o fórum correto para avaliar os casos de infidelidade partidária", disse.
A nova Executiva do PMDB não deu muita importância para a decisão do juiz de plantão e se apega à manifestação do Diretório Nacional do PMDB que reconheceu, nesta segunda-feira, a nova Executiva, que tem Rodrigo Rocha Loures como presidente.
"É o abraço do afogado, não tem valor nenhum. A reintegração é sobre a sede física do PMDB, não entrou no mérito da substituição dos membros da Executiva. E, nesta tarde, recebemos ofício do diretório nacional homologando nossa reunião de sexta-feira e reconhecendo a nova Executiva", disse o coordenador jurídico da campanha de Requião, Luiz Fernando Delazari.
"Quanto à liminar, apenas vou mandar um comunicado ao juiz informando que ele foi induzido ao erro porque não foi informado de uma decisão interna do partido", concluiu.